Neste sábado, 7 de agosto de 2021, completou-se um ano desde que o Governo Federal tomou as chaves da Cinemateca Brasileira, deixando a principal instituição de salvaguarda do patrimônio audiovisual do país sob imenso risco.
A Cinemateca Brasileira, uma das mais importantes instituições de memória da América Latina, com quase 250 mil rolos de filmes, obras audiovisuais nos mais diversos suportes e formatos, um milhão de documentos e um valioso parque tecnológico, agoniza ante a negligência e omissão do Governo Federal. Até hoje não foi posto em prática um plano de trabalho emergencial para contratação de corpo técnico especializado para zelar pelo patrimônio público e o acervo sob sua guarda, ocasionando a interrupção de diversos serviços essenciais ao setor e ao público em geral, como o depósito legal, a pesquisa e a difusão do audiovisual brasileiro em suas salas de exibição.
Conforme denunciado reiteradas vezes pelas entidades, coletivos e diversos setores do audiovisual, sem trabalhadores e monitoramento contínuo, a iminência de uma tragédia era real. Justamente o que aconteceu no último dia 29 de julho, quando a unidade da Vila Leopoldina foi parcialmente consumida por um incêndio, com a possível perda de 4 toneladas de documentos históricos de órgãos extintos do cinema (como o Instituto Nacional do Cinema, o Concine, a Embrafilme e outros), equipamentos cinematográficos, bem como cópias de filmes e cinejornais potencialmente únicos. Parte de nossa memória foi destruída pelas chamas.
Em fevereiro de 2020, essa mesma unidade já havia sofrido uma enchente que danificou parcialmente seu acervo. Somado a isso, a demissão de todos os funcionários em agosto de 2020 sem o pagamento de salários atrasados e rescisões indicava o caminho que a instituição estava tomando.
Evitemos uma nova tragédia! Cabe ao Governo Federal correr contra o relógio para
garantir a imediata contratação da equipe técnica especializada. O chamamento para a seleção de uma nova organização social, lançado um dia após o incêndio, não atende os requisitos para a administração de um órgão com essa dimensão e complexidade e precisa ser repensado urgentemente. Não podemos permitir que seja perdida, para sempre, nossa memória audiovisual, a exemplo do que restou do cinema silencioso brasileiro, dos filmes da Atlântida, da Vera Cruz e do Cinema Novo, das partidas de futebol do Canal 100 e dos programas da TV Tupi, além de muitas outras preciosidades.
Como entidades representativas do setor audiovisual brasileiro persistimos, resistiremos e lutaremos: o patrimônio audiovisual brasileiro é de todos nós!
+ MULHERES LIDERANÇAS DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CINEMA DE ANIMAÇÃO ABCA
ABCV – ASSOCIAÇÃO BRASILIENSE DE CINEMA E VÍDEO (ABD-DF)
ABD-SP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTARISTAS E CURTA-METRAGISTAS DE SÃO PAULO
ABD-APECI ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTARISTAS E CURTA-METRAGISTAS DE PERNAMBUCO
ASSOCIAÇÃO PERNAMBUCANA DE CINEASTAS
ABD-ES ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DOCUMENTARISTAS E CURTA-METRAGISTAS DO ESPÍRITO SANTO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRESERVAÇÃO AUDIOVISUAL – ABPA
ABRACI/RJ – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CINEASTAS DO RIO DE JANEIRO
ACADEMIA BRASILEIRA DE CINEMA E ARTES AUDIOVISUAIS
AMC – ASSOCIAÇÃO DOS MONTADORES DE CINEMA
API – ASSOCIAÇÃO DAS PRODUTORAS INDEPENDENTES DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO
APTC-RS ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DE TÉCNICOS CINEMATOGRÁFICOS DO RIO GRANDE DO SUL
APTR – ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DO RIO DE JANEIRO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GESTÃO CULTURAL
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AUTORES ROTEIRISTAS
ASSOCIAÇÃO CULTURAL CINEMATECA CATARINENSE – ABD/SC
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CINEMATOGRAFIA (ABC)
ASSOCIAÇÃO DE PROFISSIONAIS DO AUDIOVISUAL NEGRO – APAN
ANDAI – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS DISTRIBUIDORAS AUDIOVISUAIS INDEPENDENTES
APROCINE – ASSOCIAÇÃO DAS PRODUTORAS DE CINEMA E AUDIOVISUAL DE BRASÍLIA
ASSOCIAÇÃO DE TRABALHADORES DO CINEMA INDEPENDENTE DE MINAS GERAIS
ASSOCIAÇÃO DE VÍDEO E CINEMA DO PARANÁ – AVEC-PR
ASSOCIAÇÃO TOCANTINENSE DE CINEMA E VIDEO
BRAVI – BRASIL AUDIOVISUAL INDEPENDENTE
CÂMARA SETORIAL DE AUDIOVISUAL DO CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA CULTURAL DE POÇOS DE CALDAS
CAS – COLETIVO DE ARTISTAS SOCIALISTAS
COLEGIADO SETORIAL DO AUDIOVISUAL DO RIO GRANDE DO SUL
COLETIVO FILMARIO
CONNE – CONEXÃO AUDIOVISUAL CENTRO OESTE, NORTE E NORDESTE
DBCA DIRETORES BRASILEIROS DE CINEMA E DO AUDIOVISUAL
elaSCine – MULHERES DO AUDIOVISUAL CATARINENSE
FAMES – FÓRUM AUDIOVISUAL DE MINAS GERAIS, ESPÍRITO SANTO E DOS ESTADOS DO SUL DO BRASIL
FEDERAÇÃO DE ESCOLAS BRASILEIRAS DE ARTES CÊNICAS
FÓRUM BRASILEIRO DE ENSINO DE CINEMA E AUDIOVISUAL
FÓRUM DOS FESTIVAIS DE CINEMA
FÓRUM SETORIAL AUDIOVISUAL FLORIANÓPOLIS
FRENTE AMPLA EM DEFESA DA CULTURA SP
FRENTE DOS PRODUTORES DO AUDIOVISUAL
MULHERES DO AUDIOVISUAL BRASIL
REDE DE ECONOMIA CRIATIVA BRASIL
REDE DE PRODUTORES CULTURAIS DA FOTOGRAFIA NO BRASIL – ROCFB
SANTACINE – SINDICATO DA INDÚSTRIA AUDIOVISUAL DE SANTA CATARINA
SICAV – SINDICATO INTERESTADUAL DA INDÚSTRIA AUDIOVISUAL
SINDAV MG – SINDICATO DA INDÚSTRIA AUDIOVISUAL DE MINAS GERAIS
SINDCINE – SIND TRAB IND CINEM. AUDIOVISUAL SP/RGS/MT/ MTS/TO/GO/DF
SINDICATO DA INDÚSTRIA AUDIOVISUAL DO RIO GRANDE DO SUL
SINDICATO DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SINDICATOS DOS ARTISTAS E TÉCNICOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
SINDICATO DOS ARTISTAS E TÉCNICOS EM ESPETÁCULOS DE DIVERSÕES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SINDICATO DE ARTISTAS E TÉCNICA EM ESPETÁCULOS DE DIVERSÕES DO ESTADO DO PARANÁ
SINTRACINE – SINDICATO DOS TRABALHADORES DA INDUSTRIA AUDIOVISUAL E DO CINEMA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DE CINEMA E AUDIOVISUAL